
Da confiança ao compromisso: mais engajamento e resultados
Líderes não podem esperar um alto engajamento de sua equipe sem primeiro demonstrar empatia e oferecer o mínimo de acessibilidade.
A construção de um relacionamento sólido entre líder e liderado não se resume a reuniões periódicas ou feedbacks superficiais.
Envolve um entendimento profundo das necessidades, valores e motivações de cada membro da equipe.
Para que esse processo seja eficaz, é necessário um compromisso mútuo de ambos os lados, onde a responsabilidade e o autoconhecimento desempenham papéis cruciais.
Mas, como equilibrar o engajamento com o compromisso diário enquanto se desenvolve um relacionamento de confiança genuína?
Empatia: o alicerce para o engajamento
A empatia vai além de simplesmente entender o outro, trata-se de se conectar com os sentimentos e perspectivas do colega, líder e/ou liderado, de forma que ele se sinta visto e compreendido.
Quando líderes praticam empatia, eles não apenas aumentam a motivação de suas equipes, mas também promovem uma cultura de confiança e colaboração.
Pesquisas mostram que equipes que se sentem compreendidas por seus líderes são 43% mais propensas a se engajar com seus objetivos e responsabilidades [1].
Isso significa que líderes com habilidades empáticas tendem a criar ambientes de trabalho mais produtivos, onde os colaboradores não se sentem isolados ou desvalorizados.
É essa conexão emocional que constrói uma base sólida de engajamento, onde os liderados não apenas fazem seu trabalho, mas investem seu esforço no sucesso coletivo.
Autoconhecimento: a base para relacionamentos eficazes
O autoconhecimento é um componente essencial para a construção de relacionamentos de confiança entre líderes e suas equipes.
Quando um líder entende suas próprias forças, limitações e valores, ele é mais capaz de se relacionar de maneira autêntica com seus liderados.
Além disso, líderes autoconfiantes e autoconscientes têm maior facilidade para se adaptar às necessidades de sua equipe e criar um ambiente de confiança e compreensão mútua.
O Manual de Funcionamento Pessoal é uma ferramenta que se alinha com essa abordagem, permitindo que líderes e liderados se conectem em níveis mais profundos.
Ele oferece uma visão clara das motivações e preferências de cada membro, facilitando a construção de relacionamentos mais genuínos e objetivos de desenvolvimento bem definidos.
Isso porque esse Mapa permite que líderes identifiquem não apenas suas próprias necessidades, mas também as preferências e motivações de seus liderados, facilitando o alinhamento e melhorando a eficácia da comunicação.
Com essa ferramenta, líderes e liderados podem criar um ciclo contínuo de autoconhecimento e feedback, garantindo que todos saibam exatamente onde estão e para onde estão indo.
Responsabilidade e compromisso: a dinâmica do crescimento contínuo
A relação de confiança entre líder e liderado deve ser construída sobre pilares de responsabilidade e compromisso.
Líderes que assumem a responsabilidade por suas decisões e ações, além de manterem sua equipe responsável por suas metas, aumentam o engajamento e as chances de sucesso organizacional [2].
Ao utilizar ferramentas como o Manual de Funcionamento Pessoal, os líderes podem estruturar essas expectativas de forma clara e estratégica, assegurando que tanto o líder quanto o liderado saibam exatamente onde estão e para onde estão indo.
Esse alinhamento é fundamental, pois garante que a responsabilidade não seja apenas individual, mas compartilhada, criando um ambiente de trabalho onde todos sabem que suas ações têm impacto e são parte fundamental do sucesso do time.
A relevância de ouvir críticas e feedbacks
Ter conversas difíceis faz parte da jornada de liderança. E a disposição para conduzi-las, envolve não apenas saber falar, mas também saber e estar aberto para ouvir.
Ouvir críticas e feedbacks é um passo essencial para a construção de um relacionamento sólido entre líder e liderado.
Isso não apenas fortalece a relação, mas também cria um espaço seguro para o crescimento.
Líderes fortes engajam seus críticos, permitindo que essas críticas os tornem mais fortes.
Como afirma Adam Grant, em Pense de novo: O poder de saber o que você não sabe:
"Líderes fortes envolvem seus críticos e se tornam mais fortes. Líderes fracos silenciam seus críticos e se tornam mais fracos" [3].
Essa abordagem é crucial para o desenvolvimento contínuo, pois cria um ambiente em que os membros da equipe se sentem valorizados, respeitados e compreendidos.
Ao integrar críticas construtivas ao processo de feedback, os líderes promovem um ciclo contínuo de aprendizagem e adaptação.
O Manual de Funcionamento Pessoal permite que tanto líderes quanto liderados identifiquem suas áreas de desenvolvimento e possam alinhar as expectativas de forma eficaz.
A ferramenta cria um espaço para reflexão contínua, ajudando todos os membros da equipe a evoluírem constantemente e a se adaptarem às necessidades do grupo.
Manter o foco no longo prazo: a importância da continuidade no acompanhamento
Manter o engajamento e o foco da equipe ao longo do tempo exige não apenas definição de metas claras, mas também acompanhamento contínuo.
Pesquisas revelam que 60% dos colaboradores relatam que o feedback contínuo e as oportunidades regulares de desenvolvimento têm um impacto direto na sua motivação e engajamento [4].
Isso significa que líderes que investem no acompanhamento de suas equipes com cadência, utilizando ferramentas que possibilitam a avaliação constante, garantem um desenvolvimento contínuo e alinhado com os objetivos de longo prazo da organização.
A Aceleradora de Líderes é uma ótima maneira de fortalecer essa prática.
Ao participar deste programa, líderes desenvolvem as habilidades necessárias para criar planos de desenvolvimento claros e mensuráveis, alinhando as necessidades do presente com a visão futura da equipe e da organização.
Ao integrar esse processo com o Manual, líderes podem criar um ambiente de trabalho onde os colaboradores são constantemente apoiados em seu crescimento e desenvolvimento, com feedbacks estruturados e planos de ação claros.
Considerações Finais
Manter o equilíbrio entre o engajamento diário e o compromisso com os objetivos de longo prazo é um desafio constante, mas totalmente possível.
A chave para isso está na autenticidade das interações, no autoconhecimento contínuo e no comprometimento mútuo entre líder e equipe.
A empatia, como alicerce do engajamento, deve ser praticada constantemente.
Ao ouvir e compreender as necessidades e perspectivas da equipe, o líder fortalece o relacionamento de confiança.
Com ferramentas como o Manual de Funcionamento Pessoal, os líderes e os membros da equipe podem melhorar a comunicação, identificar áreas de desenvolvimento e alinhar as expectativas de forma estratégica, garantindo que todos estejam envolvidos e comprometidos com o sucesso coletivo.
Ao manter a cadência do feedback contínuo, ajustar planos de ação conforme necessário e garantir que as expectativas sejam compartilhadas e cumpridas, os líderes podem cultivar um ambiente de confiança genuína, onde o engajamento se torna algo natural e contínuo.
Portanto, a resposta para a pergunta inicial, apesar de não ser fácil, é simples: o equilíbrio entre engajamento e compromisso diário é alcançado através da prática constante de empatia, autoconhecimento e responsabilidade compartilhada.
E você, quer implementar essas práticas e transformar o engajamento de sua equipe em resultados concretos?
Referências
[1] Gallup. The State of the American Workplace. Gallup; 2017.
[2] Harvard Business Review. The Leadership Gap: What You Need and Don’t Have. Harvard Business Review; 2019.
[3] Grant A. Pense de Novo: O poder de saber o que você não sabe. Rio de Janeiro: Editora Sextante; 2021.
[4] McKinsey & Company. Employee Engagement and Performance: The Importance of Regular Feedback. McKinsey & Company; 2020.